LEVY GASPARIAN/RJ - Ao voltar de um passeio em sua moto Harley
Davidson, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse na
manhã deste domingo, 23, que está aproveitando seus últimos momentos
antes de ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Trajando
capacete, jaqueta de couro e calça jeans, Jefferson saiu de casa, em
Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio, para passear de moto,
acompanhado de um amigo, por volta das 8h, e retornou às 11h30.
Os agentes da Polícia Federal que fazem plantão em sua casa desde o
início da madrugada de sábado não o acompanharam. Perguntado por
repórteres onde havia ido, o delator do mensalão respondeu: "Estou
desfrutando os momentos finais da minha liberdade. Quanto a vocês,
curtam sua liberdade, que é o bem mais precioso que vocês têm".
Ao chegar do passeio, Jefferson foi abordado pelo comerciante Afonso
Celso Dominguito de Castro, de 55 anos, que o esperava por meia hora
"para ser o primeiro doador" na "vaquinha" lançada pelo delator do
mensalão para ajudar a pagar a multa de R$ 720 mil estipulada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
"Vim aqui doar meu dinheiro e mostrar a cara. Acabei de sacar R$ 100
no banco e vim aqui entregar pessoalmente ao senhor. Vou lhe dar meu CPF
para que seja declarado. Quero ser diferente dos "petralhas" (que
fizeram vaquinha virtual). Eles estão quebrando esse país", disse
Castro, também admirador de motos Harley Davidson. Ele que viajou em sua
moto por cerca de 2 horas de sua casa, na cidade mineira de Cataguazes,
até Levy Gasparian.
Trajando capacete, jaqueta de couro e calça jeans, Jefferson saiu de casa, em Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio, para passear de moto, acompanhado de um amigo
Surpreso com a atitude, Jefferson disse: "É um gesto espontâneo.
Gente boa!". Em seguida, convidou Castro para entrar em sua casa.
Enquanto aguardava Jefferson chegar, Castro disse aos jornalistas que a
atitude de Jefferson, ao delatar o esquema do mensalão no primeiro
mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi "um
importante passo para nós, brasileiros"."Gostaria de mandar um abraço
para os ministros do Supremo, principalmente o Joaquim Barbosa, pelo
julgamento que vai entrar para a história. Daqui para frente, os
políticos vão pensar antes de roubar o dinheiro público".
O comerciante disse já ter sido filiado ao PDT "há muitos anos",
antes de ter se mudado para os Estados Unidos, onde morou por 25 anos.
"Fiz muita coisa lá. Trabalhei como servente de obra, lavei muita louça
também. Meu último trabalho como foi como taxista em Miami. Hoje tenho
uma Harley e um (jipe) Hummer. Deu pra juntar um dinheirinho. Ajudei
muito minha família. Tenho 12 irmãos: comprei lanchonete, casa em praia,
sítio...", disse Castro, que disse que não conhecia Jefferson
pessoalmente.



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